Quer sejam curtas e de crescimento rápido (verão-outono) ou longas (verão-primavera), as chamadas culturas intercalares "forrageiras" podem ser utilizadas na produção animal. O raciocínio subjacente a este facto tem em conta as necessidades alimentares do rebanho. Plantadas precocemente, as culturas intercalares forrageiras são compatíveis com a diretiva relativa aos nitratos (cobertura do solo no outono), fornecendo simultaneamente uma alimentação suplementar sob várias formas possíveis: pastagem, forragem verde, silagem ou ceifa (seca ou embalada).
Este suplemento pode ser efectuado no outono (2 a 6 t de MS/ha, consoante as espécies e as condições de desenvolvimento) e/ou na primavera (antes da destruição para as sementeiras de primavera).
A gama de espécies disponíveis para os agricultores, quer sejam puras ou mistas, é muito vasta. A escolha correta dependerá do tipo de agricultura, das necessidades dos animais, do comprimento da vegetação, da região e do solo e clima. Espécies forrageiras habitualmente utilizadas em consociação: colza forrageira (crucíferas) / painço, aveia, azevém italiano, moha, centeio, sorgo, triticale (gramíneas) / fava, ervilha forrageira, trevo de Alexandria e vermelho, ervilhaca comum (leguminosas).
As misturas são à base de gramíneas:
- Moha + trevo de Alexandria
- Aveia brasileira + ervilhaca comum
- Azevém italiano + colza forrageira
- Azevém italiano + trevo de Alexandria
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Asescolhas mais produtivas
O potencial de rendimento das culturas de cobertura intercalares depende de tantos parâmetros como o de qualquer cultura comercial. No entanto, o triticale, o trevo e a ervilhaca comum têm, em média, um potencial de rendimento mais baixo (1 a 3 t MS/ha) do que o resto do painel (2 a 4 t MS/ha). Além disso, as culturas de cobertura semeadas em agosto têm um elevado valor nutritivo quando são utilizadas antes da floração ou do vingamento. Pela sua própria natureza, certas espécies, como o trevo vermelho, a ervilhaca comum de inverno, a colza e o azevém italiano, têm um elevado valor nutritivo.
Além disso, um objetivo de colheita não conduz às mesmas escolhas que um objetivo de pastagem. Para este último, é preferível a colza forrageira e a moha (pouco adequada para silagem) ou uma mistura de azevém italiano e colza forrageira. O painço puro e o azevém italiano são também opções a considerar.
Para as culturas de exportação (alimentação verde, silagem ou ceifa), são mais adequadas as seguintes culturas intercalares: azevém italiano, painço, favas e ervilhas.
Finalmente, algumas variedades têm a vantagem da flexibilidade, pois são compatíveis com os três tipos de utilização. Trata-se, nomeadamente, da aveia, do centeio, do sorgo, do triticale, do trevo, da ervilhaca e das misturas moha + trevo de Alexandria, ervilhaca comum + aveia brasileira e azevém italiano + trevo de Alexandria.